quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Amostra grátis (2)

Eu estava lendo o que o Cris escreveu no E-Públicas sobre "o que seria da vida sem amostra grátis?", mas o que eu realmente gostaria de saber é o que seria da, como eu posso dizer? Da "amostra grátis da vida". Tá, e você diria "do quê amiga? não entendi". Assim, vamos supor que nós estejamos em um bar e eis que avistamos um moço (pode ser moça também, porque nesse blog ninguém é preconceituoso) bonito e tal. Então ao invés de ficarmos esperando alguma atitude, seja dele ou nossa, de tomarmos alguns copos a mais para alimentar a "coragem", não seria bem mais fácil se acontecesse algo do tipo: "- Oi tudo bem, você não precisa saber meu nome e muito menos eu o seu, por enquanto! Eu achei você atraente, mas... Viu, posso ter uma amostra grátis sua?". Melhor, não? Poderia ser um beijo, um abraço, um sentanda em um bar, uma caminhada, uma briga, enfim... Seria muito mais legal! Já imaginou? Quando surgisse a vontade de fazer alguma coisa, mas você não faz porque está na dúvida, fazer ou não fazer, falar ou não falar, mas e se eu falar? Deveria? Mas o que vai acontecer depois? Mas isso não é problema meu? E blablablabla! Muito mais seguro se houvesse amostra grátis de determinadas situações. Amostra grátis de ódio, de amor, de traição, de futuras desculpas, desapontamentos etc! Eu gostaria de uma amostra grátis de determinadas amizades... eu teria tomado mais cuidado com determinadas pessoas! Enfim, amostra grátis do amanhã...
Pensando bem, não, não. Não seria uma boa idéia ter amostra grátis da vida. Perderia o sentido certo? Seria como se houvesse o inicío, mas sem um fim, porque a amostra já me traria a resposta. É. Um pouco covarde este pensamento.
A verdade é que sabemos a resposta para diversas certezas que insistimos em pensar que são incertezas, pois ainda gostamos de ouvir reafirmações... talvez porque estas dão mais realidade as nossas incertezas certas ou certas incertezas.
Continuarei com as amostras grátis de cremes, maioneses, patês e cafés!

k.h.